Quando
me divirto com a dor alheia
Quando
aprisiono o meu irmão
Quando
silencio a dor alheia
Quando
a minha dor escamoteio
E
quando a indiferença me tranca
É,
trancar-se em si mesmo e se tornar um ser estéril
Mas
quando a tempestade passar
Ficaremos
olhando os destroços
Mas
que troço hediondo
Mas
ainda assim, nos perguntaremos:
Onde
estou, com quem estou, o que procuro?
Como
não se indignar com o que passa ao seu lado
Importa-se,
talvez, só consigo mesmo
De
ego inflado, contas e mais contas bancárias
Mas
um ser solitário passando pela multidão
Quando
o teu coração não se estimular mais com a presença dos outros
Quando
verter ódio em teus olhos
Quando
o teu ser intoxicado
E
quando o Poder, tudo pelo poder
É
sinal de degeneração humana
Portanto,
não podemos ser seres humanos
E,
finalmente, quando a tua consciência não doer
Quando
o teu riso for só aparência
E
quando dos teus lábios, blasfêmias
É
que o teu ser não te couber mais
Portanto,
inerte no mundo
Ainda
assim, não se preocupe,
Pois
há os que te enalteçam
É
que há pessoas iguaizinhas a ti
Do
mesmo molde, da mesma fôrma
Então,
atestaremos, somos seres desumanizados
Ericeira
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