Não há
tempo mais para nada
Não há
tempo para o braço
Para o
afago
E para o
amor
E até
para a vida matamos o tempo
A pressa
tem nos tirado o tempo
De tempo
Não há
tempo para o amor!
E sobra
para futilidades
Estamos
sempre com pressa
Mas precisamos
nos reencontrar
Pois não
há tempo para os nossos pais
Para os
nossos irmãos e amigos
Sobra-nos
para orgias
É que
estamos sendo consumidos pelo tempo
E nos
equiparamos a máquinas
O pior:
mortíferas!
Quando
nos arrependemos,
não há
mais tempo para nada
Deixamos
escapar dos braços os abraços
E nos
perdemos nas malhas da vida
Teias
que se fizeram no tempo
Ericeira
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