Um mentecapto

O apego às finanças públicas não lhe tirou ainda a alcunha de ‘gente boa’
Vive a presentear os pobres de sorte que lhes têm com um caridoso
Mas mentecapto o é
Basta que lhe tire de vista a chave do cofre, deprime-se
Mas pobre de nosso povo pobre que ainda o tem como ídolo
Mas basta-lhe ainda alguns  meses no comando e, então, tem-se orgias
Antes, um moribundo!
Sem controle sobre seus atos vive ao descontre das ninfas
Pobre nação denegerada que se alaga com meia dúzia de degenerados.
E o povo: esquece: isso é o de menos
Mas no fundo é mesmo um mentecapto
O pior é ver alguns intelectualidades a aplaudi-lo como se surdos e cegos por percepção ou mesmo hipocrisias
Meios textos de bajalução lhes rende renda para si ou para as crias
Tudo certo, afinal, precisa por milhos às crias 
Assim segue um mentecapto que precisa representar todos os dia
Mas dê-me um dinheirinho aí?
A sorte está num dos bolsos, com notinhas de dois
Do outro, as de cinco
De trás: de dez
Basta-lhe quadro e mais  quadro anos no paraíso para fazer daqui um inferno
Nilson Ericeira