Por que falamos tão bem do que desconhecemos

 Vivemos a dá satisfações. Precisamos de uma estética para nos seguramos.
Somos uns experts no ato de impressionar.

Para enfatizamos o nosso discurso usamos de recheios persuasivos: o tom
da voz, os trejeitos na boca e no corpo, a roupa, até uma grande gargalhada,
tudo serve como adorno para a confirmação do ócio, ou melhor, do óbvio.

O importante é que o agente e os expectadores tenham uma boa impressão
e, dali, tenham o nosso perfil.

Mas que perfil! De alguém que não se importa e não se incomodou com os
métodos que os tornaram ricos!

Como ele é inteligente! Como se expressa bem! Um ser admirável!

Por vezes os algozes são tão impressionistas que até são procurados para
palestras, conselhos e, geralmente são aquinhoados com bons empregos públicos.
Então tudo resolvido. O importante é está perto do poder e vivendo dele.

A Casa Grande, como o próprio nome diz, abriga a todos que se assemelhem
aos repteis. E, geralmente, o detentor do Poder, graças à Deus e à democracia,
renova-se com o tempo, agrada-se desse tipo de gente. Quanto mais
desqualificado, melhor.

Servir quase todos sabem, ser servidor é um exercício humano e de civilidade.

Contudo, para não perder o fio da linha, devemos considerar a estética
igual a uma mentira, pois mesmo com grau maior em persuasão, não impressionam
os justos.