Ararizei, azeitei-me, temperei-me….

 Arari me
dá os condimentos do meu coração

Amor e
devoção

Minha
paixão

Ah Arari
do meu coração!

Hoje
arei meu ser mais uma vez

Pus a
essência da vida em mim

Temperei-me
com o meu amor maior

Coloquei
a roupa mais bonita

Engraxei
o meu sapato, penteei o cabelo…

Olhei-me
num espelhinho na janela

Vi que,
de canto rachado,

Ainda
assim, refletia o meu encanto de amor por Arari

Escutei gente
proseando, caminhando, seguindo…

É que hoje
arei meu ser com a alegria do teu pertencer

Me melei
na lama, pulei, saltei, brinquei…

E
escrevi na lousa da escola que eu te amo!

Amo-te,
amo-te, amo-te!

Mandei
àqueles bilhetes cheios de receios

E recheados
em poucas letras e de muito amor por ti

Oh minha
cidade de encantos, não te permitas agredir

Mas sei
que te usam para fins ‘antirrepublicanos’

Ainda
assim te maquiam, fazem-te uma maquete da ilusão

Uns
pobres e insensíveis usurpadores

Mas
dentro de nós resiste e existe a tua voz

A
revolver o nosso amor lá do fundo

Esperando
a ‘Voz de Arari’ tocar

A missa
começar, o sino tilintar…

O pároco
anunciar…

Ah amor
único e expressivo!

Deixe-me
revolver em mim esse amor insubstituível

Pois ser
possível intrínseca relação

A do
nosso amor por ti dentro de nossos corações

 Nilson
Ericeira