O bom ladrão lhes furta e lhes
presenteia
Faz festa com seu dinheiro e pousa
com ares de favores
Vive dos víveres alheios como se todo
seu fosse
Pula, deita e rola com os recursos
públicos
E ainda acha quem o elogie
Até mesmo àqueles que se escondiam na
sua própria sátira
Hoje uns bajuladores
E emprestam suas digitais: maléficas
desde a nascença
Excrecência!
Pobre dos pobres que se permitem
roubar por si mesmo
Na consciência,
No bolso,
Na alma
O bom ladrão moderno é infectado de
tolices
Mas sabido o é, logo se recompõe do
que havia perdido
Ainda assim, arranca aplausos
Não, não é aplausos ao ócio,
Mas a um consócio de fanfarrões
Pobre de nós que ainda seguramos os
bolsos, consciência e caráter
Pois de nada resta daqueles
prostíbulos
E quem se permite roubar é mais pobre
e nocivo que o ladrão
Passa então o bastão, pois isto é um
assalto!
Mas cuidado, logo aplaudiremos mais
um sabidão
Cuidado, ponha as mãos nos bolsos
Ou peça mesmo um esmola de prontidão
Nilson Ericeira
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