Hoje
eu sou metade
Pois
metade de mim, vaga
Ou
a outra já se despediu
Outras,
nem me deram tempo
Há
incompletude em mim
Com
o tempo,
percebo
que outras já se desintegram
pois
sou o todo, a metade e o nada
E
a metade da minha metade
É
que não dependo só do que me importa
Mas
dos que os outros portam
Metade
de mim sangra
A
outra rir e se diverte
Uma
outra, irônica
Outras
se juntam…
E
assim, me esparramo na vida que levo
É
que às vezes divago
Ainda
tento me juntar em pedaços
O
certo é que sei que a minha completude não está em mim
Por
ser um ser incompleto
Vivo
a tecer fios de vida para me nutrir
Assim,
respiro
Ericeira
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