Em íntegra desintegração

Hoje
eu sou metade

Pois
metade de mim, vaga

Ou
a outra já se despediu

Outras,
nem me deram tempo


incompletude em mim

Com
o tempo,

percebo
que outras já se desintegram

pois
sou o todo, a metade e o nada

E
a metade da minha metade

É
que não dependo só do que me importa

Mas
dos que os outros portam

Metade
de mim sangra

A
outra rir e se diverte

Uma
outra, irônica

Outras
se juntam…

E
assim, me esparramo na vida que levo

É
que às vezes divago

Ainda
tento me juntar em pedaços

O
certo é que sei que a minha completude não está em mim

Por
ser um ser incompleto

Vivo
a tecer fios de vida para me nutrir

Assim,
respiro

 Nilson
Ericeira