Hoje
eu procurei me esconder em mim mesmo
Ofusquei-me
no meu próprio ser
Deixei
de lado a minha vaidade e silenciei
Observei
pessoas em minha volta,
umas
tão perto e tão distante
Outras
sempre distante
E
assim escutei a voz do meu coração
Vi
os passos de ti no meu rumo abrir os braços
E
só ilusão, devaneios de quem ama…
A
minha solidão em mim é o filtro de que disponho para me depurar
Ainda
bem que não me alimento só de pão
Mas
de coisas do meu coração
E
continuei no cantinho de mim como quem havia fugido de uma gaiola
Na
espreita e com receio de voltar
É
que a humanidade me assusta na sua própria ilha
E
egos egocêntricos
A
minha tristeza eu deixei lá fora
Mas
quando retornar ao casulo ou clausuro emergirá
Continuei
atento para não me equivocar do que vejo e sentencio
E,
então, cheguei à conclusão que seria bem melhor voltar
Pois
sinto o dor putrefato dos fascistas
E
o ar de que me era tão essência, agora também me roubaram
E
de certo de asfixia a vida se esvai
Por
isso voltei
Ericeira
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