Auto segredo

 Hoje
eu procurei me esconder em mim mesmo

Ofusquei-me
no meu próprio ser

Deixei
de lado a minha vaidade e silenciei

Observei
pessoas em minha volta,

umas
tão perto e tão distante

Outras
sempre distante

E
assim escutei a voz do meu coração

Vi
os passos de ti no meu rumo abrir os braços

E
só ilusão, devaneios de quem ama…

A
minha solidão em mim é o filtro de que disponho para me depurar

Ainda
bem que não me alimento só de pão

Mas
de coisas do meu coração

E
continuei no cantinho de mim como quem havia fugido de uma gaiola

Na
espreita e com receio de voltar

É
que a humanidade me assusta na sua própria ilha

E
egos egocêntricos

A
minha tristeza eu deixei lá fora

Mas
quando retornar ao casulo ou clausuro emergirá

Continuei
atento para não me equivocar do que vejo e sentencio

E,
então, cheguei à conclusão que seria bem melhor voltar

Pois
sinto o dor putrefato dos fascistas

E
o ar de que me era tão essência, agora também me roubaram

E
de certo de asfixia a vida se esvai

Por
isso voltei

 Nilson
Ericeira