Estou, restou, falei, gritei, amei e amo
Arari eu te amo!
Vivo em versos tento te traduzir
Mas que bobagens, se estás em mim
Oh meu torrão de tantas glórias
Tuas em nós, caminhos…
Teus ilustres, os nossos lustres
Arari em céu escuro ou em estrelas
Arari é amor e paixão
Estás dentro do meu coração
Pois em versos te ponho mundo
Em imagens que me convêm, mostro-te
Mas sei que precisa de melhores tratos
Aqui também tem uma gente desumana e indiferente
Quem nem pouco de parece com a nossa gente
Gente que joga lixo nas ruas
Gente que rouba as finanças públicas
E gente que mata gente
E assim, morrem gentes…
Agentes!
Uns ganham presentes…
Passaportes da hipocrisia
E cá estou eu e estamos nós a contestarmos
Mas, apesar de tudo, há glória dos que escrevem a tua história
Poetas, escritores, trabalhadores, pintores, professores, artistas!
Uns malabaristas!
Agora traço esses versos para que tu não te esqueças de mim
E encha todos os dias os meus olhos desta paixão
Quero ser cheinho do teu amor para amar
E assim, assim como meus irmãos,
sair por aí a esnobar sementes do coração
Arari, cá estou, cheio de amor para semear
Nilson Ericeira
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