Arari cá estou II

Estou, restou, falei, gritei, amei e amo

Arari eu te amo!

Vivo em versos tento te traduzir

Mas que bobagens, se estás em mim

Oh meu torrão de tantas glórias

Tuas em nós, caminhos…

Teus ilustres, os nossos lustres

Arari em céu escuro ou em estrelas

Arari é amor e paixão

Estás dentro do meu coração

Pois em versos te ponho mundo

Em imagens que me convêm, mostro-te

Mas sei que precisa de melhores tratos

Aqui também tem uma gente desumana e indiferente

Quem nem pouco de parece com a nossa gente

Gente que joga lixo nas ruas

Gente que rouba as finanças públicas

E gente que mata gente

E assim, morrem gentes…

Agentes!

Uns ganham presentes…

Passaportes da hipocrisia

E cá estou eu e estamos nós a contestarmos

Mas, apesar de tudo, há glória dos que escrevem a tua história

Poetas, escritores, trabalhadores, pintores, professores, artistas!

Uns malabaristas!

Agora traço esses versos para que tu não te esqueças de mim

E encha todos os dias os meus olhos desta paixão

Quero ser cheinho do teu amor para amar

E assim, assim como meus irmãos,

sair por aí a esnobar sementes do coração

Arari, cá estou, cheio de amor para semear

Nilson Ericeira