Não
há que se falar em justiça caso não haja tratamento igual a todos e se
continuarmos a reproduzir discursos e procedimentos que têm nos tornado cada
vez mais pobres, portanto iguais em desigualdade ou desiguais na suposta
igualdade.
Não
que se falar também em justiça quando não promovemos o bem comum e esperamos a
proximidade das eleições para lançarmos nossos projetos e programas mirabolantes,
com um único objetivo: chamar atenção do que estão fazendo. Vi e vejo este
filme há mais de 40 anos sem que de fato algo tivesse mudado na vida das pessoas.
Pode até ter piorado, pois numa competição desigual, os pobres estão cada vez
mais pobres. O obscurantismo tem tomado conta de grande parte dos gestores de
nosso país, entretanto, tão logo se aproximam as eleições, lançam mão de suas
táticas ilusionistas.
E
já é tempo de semear, veja que ‘revoluções’, de uns dias para cá têm
acontecido. A pergunta que devemos nos fazer é por que, num mandado de quatro
anos, estes projetos revolucionários e ações imediatas só acontecem agora? Está
isto posto nos seus projetos de gestões e/ou governos ou sabem mesmo que somos
presas fáceis. Assim mesmo, não sei se por que a minha capacidade é falha neste
sentido, a inauguração de restaurantes populares não me convence completamente
e/ou outro tipo de assistencialismo, pois o melhor seria gerar oportunidades
para que pessoas possam fazer suas refeições nas suas próprias casas? Neste
mesmo tom, alguém poderia reforçar a minha pergunta e dizer com ar de
conformismo que fome dói. Então, por que não gerar oportunidades para todos?
Penso
que quem governa sabe que o povo não cobra quase nada e que não exige do
governante uma postura ética. Penso ainda que sabem, do mesmo modo, que o
imediatismo vale mais do que um programa de governo de quatro anos.
Quem
viu e onde aconteceu algum programa para a juventude que dessem alguma
perspectiva de futuro para esta faixa etária? Quem viu? Onde funciona?
Não
menos pior é que, não sei se impressão minha, mas não se discute mais os
problemas sociais. As reuniões, do mesmo modo que as ações, são imediatistas e
com fulcro nos votos e consequente resultado das eleições.
Se
somos frutos e filhos de um país pária não aconteceu por geração espontânea,
mas cada um de nós, ao nosso modo contribuímos para isso. É só pensar!
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