O colibri, o poeta em o diálogo da saudade

Ah meu colibri, és único e especial

Especial, por assim sentir

Pois eu te vejo em outras flores

Vejo-te no céu…

Sinto-me no meu coração

Pois jorra uma saudade imensa

Assim tão intensa, a me alagar completamente

Mas percebo que deixaste escapar sementes

E um sementeiro me tornei!

Ando a beliscar as flores da vida

E delas tiro o néctar de que preciso para viver longe de ti

Não, não precisa falar

Não, não voe ainda

Apenas visite-me e dê voz a meu coração

Pois o teu amor em mim é maré cheia

É semente que rasga o chão, marca a minha vida

E se faz morada no coração

Meu colibri, por onde andas e andarás?

Talvez entre as nuvens

Ou saciando-se do néctar da vida

Talvez, fazendo nas letras do poeta fingidor

De quem finge que dor é amor

Pois ainda que eu sinta a tua falta

Pois ainda que saiba eu onde sentas,

mas como sempre fez-se ator

E o teu néctar é de letras e sentimentos

Todos os dias o teu amor me alimenta

Nilson Ericeira

(Robrielle)