Quando a
saudade aperta, desfaçatez
Ilucidez,
sangria, melancolia…
Nuns
dias de lembranças e de solidão
Com
batidas doídas lá no coração
Ressonância
de amor contido, choro reprimido
Soluço
constante de uma busca imperfeita
Olhares
a ermos, vista turva, coração gélido
Passos
sem fim…
Por
vezes penso que saudade é o que não devíamos sentir
Pois
choro sufocado, ar asfixiado, pássaro sem asas querendo voar
Assim,
seco-me, do rochedo que sou
Mesmo com
aparência livre, em choros reprimidos
Ainda
assim eu grito: eu te amo!
E
continuarei a criar cenários, criar enredos
E viver
sempre a encenar, na esperança de um dia, soltar meu choro e distribuir meu
riso
Agora
vou secar minhas lágrimas que a saudade ainda não conseguiu estancar
Ericeira
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