Deixarei
meu rastro
em
letras, em cifras, em rimas
Finquei
meus pés,
abri
meu braços, clamei, amei…
Chorei
sozinho
deixei
correr…
escorreu,
secou, doeu…
Adoeci
e busquei alento
Feri-me,
feriram-me, fadaram-me à solidão
Mas
deixei pecadas, abri caminhos, caminhei, descaminhei…
Perdi-me
em mim, sonhei e fui, voltei
Suei,
umedeci, esvaziei-me, e soou…
a
voz do amor incompreendida
Carreguei
a cruz, sentir doer…
Achei
que ninguém me ajudaria
Percebi
outras mãos…
Mas em nenhum momento me redimir
Assim,
caminho e descaminho
Sou
um pecador inveterado, iletrado, vazio…
Busco
amenizar minhas cicatrizes em letras postas
Nem
sempre confortantes
E
quando me desloco no tempo, saudade!
Ah
saudade!
Quanto
amor me tem medido, desafiado, encolhido…
Daquelas
que me alagam completamente
Com
isso sei, amei, amo, amarei…
E-t-e-r-n-a-m-e-n-t-e
com
o gosto e o sentido do meu soluçar
E
com pegadas minhas, conforto-me
E
sei que deixarei marcas desimportantes
Mas
com o tempo, falantes
Pois
com mais uns dias descobrirão que meus pés e mãos sangraram
Doeram,
fincaram, ‘tirnaram’ e emudeceram
Ericeira
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