Uma certa palidez
Homens sem cara
Pela metade
Uma que se apresenta
Outra que se assenta
Uma que aparenta
Outra que nega a parentalha
O homem fede ou o homem cheira
Depende de quais circunstâncias!
Pobres homens que vivem do germe do outro
Que se alimentam de verbas públicas
Que se lambuza de sangue e ainda desdenha
Imita e patrocina a morte
Ainda tem uns coitados que lhe exaltam!
Carne-fi-ci-na!
Oficina da morte
Verbas volumosas
Armas de satanás,
instrumentos do demo
Pobre vida, que só têm alimento para os dígitos
Feridos, ainda assim proclamam
Minto, minto, mito, mito!
Olhai por nós!
Se nos resta à morte
Somos uns sem sorte
Ou sem cérebro, pois masoquistas
Rimos de nós, dos nossos, pais, filho e avós
Ri de si mesmo é desdém do inferno
Pois alegrar-se da dor e se condoer em ossos
Ossos podres, ou melhor, olhos sem sentidos
Vida descabida e sem nexos
Pois proclamar-se à selva!
Bichos imundos, moribundos
Deixem-me viver
Ericeira
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