‘Versus humanos’

Versus
humanos

Quando
a dor do outro não mais te toca

Quando
a ferida alheia não mais te comover

E
quando te prefere só

O
relógio do tempo parar

Pare,
reflita, pois te tornaste ilha

Um
ser estéril e insensível

Incapaz
que é de sentir a tua própria dor

Incapaz
de se enxergar

De
ver as pessoas, senti-las

E
incapaz de amar e ser amado

Mas
quando perceberes que há outros caminhos

Que
há esperança e fé

E
que todos os dias o Amor do nosso Pai nos renova


descobriste a ti mesmo e ao mundo

Voltaste
ao teu estado humano

Pois
a essência humana está nos humanos

E
te tornará um ser desintoxicado se si mesmo e outros

Escute
então, a voz do teu coração

Faça-te
humanizado a partir de bons sentimentos

Pois
o amor é o combustível da vida

E
sempre haveremos de carecer de abraços

Os
abraços, as corrente, os enlaces…

Ah
que saudade de abraços!

Sem
os quais não somos capazes de nos perceber

Saibas,
então, que versarei no amor que me espera

No
amor que me deste

Em
todos os tempos da vida e do verbo

Pois
eu sou humano

E
te amo, amarei, versarei

  Nilson Ericeira