Ali,
escondidinhos
Meninos
traquinos
No
quartinho, a venda
Enquanto
os pintos piavam
O
cachorro velho latia
Os
gatos miavam
Espinhas
no chão
Sentíamos
o cheiro d o gosto do azeite de côco
O que vovó Bibi fazia
O
vento trazia e levava
Oh
aroma bom, com gosto de saudade
Agora,
a saudade é de doer na alma
Na
casinha, uns trapos:
O
côfo, a tarrafa, o caniço, o choque, o chapéu …
Enquanto
escutávamos o toque no pilão
As
galinhas se empoleiravam no jirau
O
velho, a velha, os vizinhos…
À
prosa boa que não acaba mais
Na
maromba, há muito o cadelo descansava
O
pitiu fino nos invadia vindo do rio
É
sucuruju na espreita!t
Cabaças
e caiambucas abasteciam o nosso dia
Água
no pote, na bilha, no filtro
A
panela já há muito cozia
Orelha
e pés de porco davam cor ao feijão
Meu
irmão mais velho, ‘granfino’
A
roupa velha indiferente no varal
A
farda do Arariense era de gala
Nem
todos tinham
Na
rua, a volante anunciava políticos
Nossos
avós, padristas
Nossos
pais, barriguistas
Enquanto
a arraia miúda anuncia a ponte
Afinal,
o progresso!
Ou
regresso, pois ir e vir pro outro lado do rio
Enquanto
embaixo, latrinas
Oh
saudade de ser menino outra vez
E
trazer de volta esse tempo de outrora
Mas
agora, só vejo as cenas passarem
Por
isso, acordo
Ericeira
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Quem não tem pudor, não tem limites!
Velejar…