Outras flores e você II

Quando
a descobrir

Modifiquei-me

Admitir
o amor em mim

Assim,
solenemente

Silenciosamente

Apenas
a escutar a voz do meu coração

Mas
que me afadiga

Por
inquietudes e ebulições

Trazidas
da essência dessa flor

A
flor do amor que em mim me é sombra

Mesmo
que totalmente possuído

Alimenta
meus dias de saudade

Mesmo
em tenra idade, não envelheço

Pois
escuto os ecos do amor em mim

E
se com tanta habilidade vivo

Mesmo
que fingindo, espero-te

Mas
por vezes me alago completamente

E
divirjo do meu silêncio

E,
em mim, grito

Então,
por que será que por vezes deveras minto

Se
é real a tua existência em mim

   Nilson
Ericeira