A saudade é quase uma dor!

A saudade é uma dor consentida, porém arbitrária, pois nem sempre avisa quando vai chegar. A saudade pode ser uma dor que ameniza a ausência, mas ainda assim é um ardor de todos os dias.

Por vezes chega devagarinho e aos poucos no toma completamente, alaga-nos por uns instante e sai sem se despedi. Outras vezes vem como uma tempestade e parece que nunca vai passar…

Ainda bem que sabemos quem nos faz rios e oceanos pelo amor que sentimos…

É que todos sentimos saudade, cada um na sua medida, ainda bem que temos um coração temporizador. Ao tempo que é fonte é terreno árido, tempo deserto, noutro tempo é primavera, é vida em festas! Ainda bem, pois assim não aguentaríamos.

Acho que o tempo que fere é o mesmo que cicatriza!

Ah saudade! Não me solte, dê-me asas para buscar quem mora longe e que já esteve aqui, bem pertinho, soltando os braços para os melhores abraços…

Saudade, faz do meu pensamento as estações da vida para que não me falte o amor consentido, só para eu encher meu peito de quem amo, amei, amarei para sempre…

E, se um dia, me colocares noutro plano, enche-me de amor e vida para eu criar novas plumas e saudar as pessoas que amarei eternamente. Assim, como um desabrochar de flor ou o sol que nos invade todos os dias…

Ah, a saudade é quase uma dor, é um ardor constante, mas só dos que se permitem amar.