
Eu não sei definir muito bem se a minha poesia me persegue ou me segue, mas de uma coisa tenho plena certeza, ela me é alimento diário.
E eu degusto em parcerias e interações diárias de quem se ver representado nela.
Do mesmo modo que sacio a minha fome orgânica, trato em amenizar outras fomes sentidas e consentidas. Desta maneira, sei que não escrevo muito bem, porém tenho uma fonte inesgotável onde vou buscar inspiração. Contexto em que debruço-me ao papel ou aos dígitos para expressar sentimentos e impressões de mundos. Óbvio que por vezes escrevo coisas tolas e vazias, mas que têm um grande sentido para a minha alimentação de todos os dias.
Acho que meu mundo sem poesias e artigos seria completamente escuro.
As minhas dificuldades de aprendizagem não me esbarram ou freiam, pois supero-as com força de vontade e ‘disciplina’, e olha que eu não sou nenhum pouco disciplinado. A arbitrariedade cognitiva tem me dados muito nãos a coisas que quase todos dizem sim, por convicção ou conveniência.
O regramento dos interesses próprios e as conveniências te fazem um ser egoísta por excelência. Precisamos saber temperar as nossas relações.
Mas a minha poesia não começara recente, ela está em mim como o ar respiro e tudo que me dá uma ‘forma deformada’, por assim dizer. Um incompleto na incompletude do mundo. Desde o banco ginasial, faço pequenos escritos, do jeito que ainda os são até hoje, porém, certas vezes, sem formas e métricas, mas sentidos.
Só para que se tenha uma ideia, todas as minhas agendas de trabalhos são grifadas com pensamentos, pequenos poemas, artigos e palavras de efeito, protestos, repulsas…
Vale a pena mencionar que os Cursos de Psicopedagogia e Comunicação me ajudaram muito a entender a mim mesmo e os outros! Embora ainda careça de técnicas e um fino trato com as letras, pois passo o tempo todo tentando domá-las, colocá-las no contexto do que sente o meu coração. Só para citar como exemplo, um dia uma professora me perguntara para que estaria servindo a Psicopedagogia na minha vida, no que eu respondi prontamente: ‘está humanizando os meus poemas’! Quanta pretensão, mas sei que todo o aprendizado nos faz melhores e diferentes.
Assim, faço da vida uma caderno de pautas vazias, pautada pela produção diária de acontecimentos, inspirações e busca constante de uma satisfação ou insatisfação sentidas.
Saber que eu não caminho só talvez seja a melhor parte do meu poema.
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