
Por Nilson de Jesus Sousa (Nilson Ericeira)
(Jornalista, professor, escritor, poeta, psicopedagogo e advogado)
Parabéns companheiros!
Eu sei que 46 anos de serviços púbicos não explicam nem deduzam o que é ser servidor púbico. Traço isto não para me engrandecer, mas para dizer quão importante para a estrutura social e política os servidores púbicos de maneira geral.
Quando fui trazido pelo meu saudoso pai Clecy para trabalhar na Seduc na função de servente, apresentaram-me um rodo, um pano de chão e um balde, como materiais de trabalho, além de uma série de correspondências para distribuí-las na capital, onde eu não conhecia nenhuma rua sequer. Nada sabia da ‘nova’ vida, muito menos do papel essencial e fundamental que iria exercer. Orgulho-me de ter passado por isto, tanto é que sei fazer os mesmos serviços e com mais perfeição até hoje e coloco como status de orgulho próprio. Pouco sabem limpar chão como eu sei.
Abro um parágrafo para declarar de igual modo que presenciei muitas injustiças nesse tempo inteiro, pois quase todos os gestores assumiam com os mesmos discursos, de que iriam ou estavam valorizando os servidores da Casa, mas só se fossem os da casa deles, ou melhor, das cozinhas. Vi muito bons servidores desistirem da carreira e outros continuarem sem perspectivas…
Essa é uma prática que não importa a ideologia, todos agiram assim, com raríssimas e honrosas exceções. É evidente que vos falo do Maranhão. O Estado de antes e o de agora, entre socialistas e capitalistas.
Neste contexto, chegamos ao cúmulo de importar servidores… Liberais, neoliberais, etc.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, veio a admissão de funcionários por meio de concursos, provas e provas e títulos. Amenizou um pouco o abismo do compadrio, porém não cessou a sangra das injustiças, pois os homens bons sempre dão um jeito no cruzamento de suas improbidades. Isto nos Poderes da República! O que combatem, não combatem em si mesmos.
Depois reclamam da violência que eles próprios produzem!
Ainda bem que exista o direito a reunião, ao sindicalismo, à livre manifestação de pensamento, pois se assim não fosse, poucos direitos lhes seriam integrados. Só para que se ter uma ideia, na maioria das vezes, os servidores, para terem seus direitos respeitados, saem e bradam nas ruas.
Servidores unidos jamais serão vencidos… Como se os governos não fossem do povo!
Mas hoje e todos os dias é dia de respeitar, valorizar e homenagear o servidor público na forma de um agente social e político que interage nos dias de sua vida com os problemas da sociedade a qual ele próprio ressente-se de negação de direito explicitados na Carta Magna.
Aos meus colegas, eu desejo a consciência do importante papel que desempenham levando o meu abraço fraterno neste dia e em todos os dias de suas vidas.
Sintam-se abraçados, parabéns companheiros!
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