Face a face

Ontem eu te abracei

Dei-te meu ser para se juntar ao teu

E abstrair no tempo do amor

Sentir a tua essência e respirar

Em mim, o desejo de te amar

Face a face, coração ofegante

As tuas batidas se confundiam com as minhas

Só nós dois e os sonhos

Logo percebemos que o amor nos unia

Sem tempo para dizer tantas palavras

Mas com todo o tempo do mundo para expressar

Afaguei as tuas mão e percebi a irradiação do meu coração

Ainda tentei me negar a mim mesmo

Porém, impossível, pois tão visível o meu amor

E, assim, a despedida…

Que se faz encontros subliminares e alucinações

Nesse elucubrante amor que ficou,

sedimentou e edificou

Assim, vejo a face dela frente a frente

Numa miragem ou presságio sem fim

Nilson Ericeira

(Robrielle)