Páginas em branco…

Por Nilson Ericeira

Páginas em branco…

Páginas em branco…

Não escrevo tudo que penso, decerto não escreverei nos dias da minha vida, mas farei de tudo para preencher algumas páginas do que vejo sinto e pressinto.

Muito disto é resultado de anos de dedicação, no que tento superar as minha fraqueza intelectual. Mas ainda bem que sou persistente, pois do contrário, teria desistido logo na largada.

Da década de 60 do século XX até o ano de 2025, deste século, vi, sentir e passei por coisas absurdas. Muitas destas ocasionados pelos homens, alguns destes, detentores de poder. É certo que são forjados num falso moralismo e patriotismo os quais nem eles mesmo seguem. Ainda que, é preciso ser dito, arrastem multidões, não irem à lua, mas para ouvirem besteiras. E saem dali como se tivessem tomado um banho de alienação, revigorados, portanto, para o embate da hipocrisia.

A insubordinação é o prato do dia nas relações sociais, com gente para degustar com prazer, servindo-se inclusive para alcançarem o poder. Não obstante, há resistência dos que não concordam o açoite da ignorância. Ainda bem!

Eu vi, ou melhor, vi e escutei uma gente boa chamando palavrões enquanto falava em nome de um suposto ‘deus’! Enquanto outros davam louvores e emitiam palavras de ordem ao ouvirem tais asneiras. Uns lunáticos, não, uns terráqueos! Mas as tais atitudes me levaram a crer que essa gente estava em estado de latência ou na incubadora e, ao se sentirem representados, soltara-se de si mesma para o fomento da desordem institucional.

‘Pneumático’ passou a ser gente que adora pneus!

Senhores eu vi, ouvi, senti coisas que eu mesmo não queria acreditar. Tivera os ouvidos poluídos com os tais cercadinhos, o que mim me causava total constrangimento e náusea. Uma vez que assistir a espetáculos matinais com plateias alienadas, causava-me ânsia e nojo, mas principalmente pena, um sentimento que não me faz bem senti.

E a vacina? Quantos factoides criaram para negá-la, ainda que a sua compra futura viesse a ser motivo especulatório, enquanto milhares de seres humanos morriam à deriva e sendo enterrados em valas comuns! É evidente que os autores e ‘atores’ desse espetáculo fúnebre devem ser responsabilizados na medida de suas culpas.