Labirinto ou celas

Labirinto ou celas

Aqui da minha janela vejo o mundo.

Da minha porta vejo menos.

Das outras um pouco menos.

Estão cada vez mais distantes de mim.

É um mundo moderno que nos penetra,

compenetra-nos.

Cada vez mais viajamos pelas janelas,

Enxergamos mundos, dizemos, calamos…

E seguimos entre portas e janelas,

andamos, caminhos, estradas…

Perto e longe das janelas do mundo,

Mundos.

Mas existem os que não chegam a portas

Nem a janelas…

A indiferença a injustiças ofusca janelas,

Dificulta amar, enxergar, enxergar-se.

Abrir as janelas e portas, vê-se em clarão

É fugir de egoísmo, encontrar saída, amar pessoas,

Iguais e diferentes.

Nilson Ericeira

Robrielle