Olhando para mim ou autorreflexo

Eu sei, a luta valeu, vale e valerá a pena!

Olhando para mim ou autorreflexo

Tudo valeu a pena

Meus dias de frio e solidão

Uns dias de fomes

E outras que possuo

Até as feridas valeram a pena

As dores e os desamores

Tudo valeu muito a pena

Valeram os dias que eu corria rua sem saber os porquês

Valeram os dias em que sonhei com um sociedade justa

Valeu!

Até os dias em parecia ter sido humilhado

Em que parecia que ninguém notava nada em mim

Tudo valeu a pena, pois me deu aprendizado

Àquela partida dissimulei

Aliás, sem que dissimulasse talvez não aguentasse

Portanto, as ruas que percorri se tornaram caminhos

Os amigos que encontrei, abraços solidários

Aos poucos fui criando plumas e anúncios de novas asas

Até que percebi-me nos primeiros voos…

E notei que a vida en-sina

Porém aos que nada aprendem,

ainda que precisem dos outros

Nessa trilha, aprendi a guardar pessoas

Algumas delas me visitam todos os dias

Ainda que muito distantes, não importa

Olhando para mim, ainda me vejo em caminhos

Descobrindo coisas, abrindo veredas

Por vezes eu sinto uma saudade tão intensa

Que alaga os meus olhos completamente

Ao tempo que umidifico o meu coração com insumos de amor e vida

E assim, tenho procurado medir os meu dias pela minha idade

Mas pelo que sou capaz de superar e realizar

Valeu a pena ir à luta

Ainda que vivamos sobre o piso do preconceito

Agora, pelo menos eu sei onde me encontrar

No espelho da vida ou nuns caminhos por aí…

Nilson Ericeira