
Arari no exílio poético
Minha terra tem o rio
Que outro não há igual
Minha terra tem pororoca
que confronta as ondas do mar
Tem piaba e muriçoca
E farinha boa para merendar
Misturada à juçara que é boa pra fortificar
Minha terra tem as mulheres mais lindas que há
Lá tem pessoas nobres bem próximos como as de cá
Minha terra tem melancias cujo sabor não existe igual
Em setembro todos querem ir para lá
Minha terra é motivo de exaltação
Lá tem umas igrejas, uma gente e amor para amar
Na minha terra há poetas e escritores que vivem a declamar
Tem bons professores que vivem a nos ensinar
Minha terra tem uns peixes que servem para nos alimentar
Lá se alastra pelo chão
Mangas de montão para a nossa degustação
Da terra que falo nem precisa declarar
Quando chega a tadinha corra para beira do rio
Só para ver mururu passar…
No ocaso ou nascente,
eu amor este lugar
Na minha terra passa um rio…
Que alaga a todos nós
Que sobe todos os dias
E que desce rumo ao mar
Arari é a cidade que nos cabe para sempre exaltar
Mas não permita Deus que morra
Sem que antes volte para lá
Nilson Ericeira
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