Voz interior ou diálogo poético

Voz interior ou dialogo poético

Fale-me enquanto tenho ouvidos

Grite enquanto me permito ecos

Silencie-me quando me conforta

Valha-me voz de mim e do mundo

É que não compreendo os porquês da vida

Não encontro razões para o ódio

Não há respostas para as maldades

Assim, prefiro te escutar no meu silêncio

A produzir alaridos hipócritas

Pois sei que o abraço não cabe nos dedos

Sentimento não se fabrica

E o mundo não é janela virtual

Portanto, se a minha voz te chama agora

É porque há muito meu ser te pede

Então, deixe-me me invadir de mim mesmo

E ne faça um ser solidário

Sem que credite voz ao que não sinto

Ah minha voz interior!

Parceira amiga

Porque me fazes companhia todos os dias

Ainda que me dispersa um dia

Não te abandonarei jamais

Pois deixarei os ecos de amor e vida

Uns quês que me confidenciaste e que não contei a ninguém

Dialoguei, é certo, com corpo e espirito

Mas um eu sei o que prima o outro

Aliás, irmãos de escuta

Quero continuar a degustar o sabor do teu som

A produzir em mim o amor

Só o amor

O único insumo de que me valho

Nilson Ericeira