
Meu autorretrato
Vi-me ontem, ainda púbere
Numa casinha velha
Vi-me correndo ruas…
Ouvir os grito do outros
Somei aos meus
Juntei-me num só eco
Concentrei-me nas melodias da vida
Cair no mundo
Caminhei, cair, levantei e seguir
Tomei bênçãos
E sair livre, imune a maldades
Algum tempo depois
Apartei-me do meu umbigo
Sentir falta do que eu pensava que não tinha
Deixe todo o meu patrimônio para traz
Sentir falta de tudo
Das noites e dias com os melhores cobertores
Eu era protegido com o amor dos meus pais
Pensava que sabia tudo sem saber nada
E, assim, continuo
Talvez por isso, debruço-me em diálogos introspectivos
Às vezes, não me compreendo
Despeço-me de mim mesmo
Mas sei que há mais a saber e compreender
Portanto senhores, eu sigo
Seguindo assim, silencioso
Catando as letras e juntando-as na sintaxe da vida
Buscando guarida e ampliando meus sonhos
Pode ser que um dia, quem sabe,
Estarei um pouco mais consciente
Por enquanto eu dou passos sem sentidos
É bem verdade que os olhos veem o que o coração sente
Porém, agora, um único pedido a mim mesmo
Não me abandone
Eu preciso de mim, pois as crias se afastam cada vez mais
Nilson Ericeira
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