Dê-me licença, posso entrar?
Por favor, no que lhe posso ser útil
Se as minhas obras não lhe bastam
Escute-me, por favor
Eu sou um mensageiro de todos os dias
Todas as manhãs tenho sois diferentes
Tenho luas incomuns
E céus…
Sou um criador de mundos
Ponho e coloco cenários no instante que quiser
Acho que vivo de sonhos
E sonho muito
E ponho meus mundos em ação
Pareço até esquecer a dor
Dissipo saudades
Eu sonho com um mundo justo
Não é miragem
E não suporto ver criança sofrer
O destrato com os idosos
E o descaso das autoridades
Por isso que vivo só
E, talvez, para muitos, na ilusão
A ilusão de semear a boa semente
Mas favor, me deixem entrar
Não fechem as portas
Não enrijeça o seu coração
Pois a vida é feita de percalços
Nem sempre saímos vitoriosos
Ainda que ‘derrotados’, lutemos
Pois a nossa luta não por uma só pessoa
Mas pelas pessoas
Portanto, ajudem-me a sonhar
Nilson Ericeira
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