Arari sem demora I

Beirei à Rua da Beira

Andei na Rua da Franca

Entrei na da Barata

Assisti a João Desbravar

Bebi caldo de peixe corimatá

E vi estrelas na Praça do Cruzeiro

Fiz Prece a Santa Luzia

E agradeci a Da Cunha D’eça

Corri com medo do vulto Ubatuba

Conferi bicicletas na rua

Andei de bicicleta e perua

Fui a Festa no Clube

E fiz Festa da Amizade

Entrei no Salão com Charme

Dancei na Dace Nema

E vendi cocada no Casino

Adentrei ao Bidoquinha

E vi Bota Fogo Passar

E gritei Mirim Mirim

É vento forte

No sambar e no esporte

Vim em pé no ônibus lotado

E no corredor a estórias contar

Vi Zezeca Perone compor

Tudo isso em Arari o nosso amor

Todos contam as suas histórias

Nós também contamos a nossa

Quer souber mais,

trate de completar esta prosa

Pois sem demora,

outros avivarão nossa memória

Nilson Ericeira