Mais que uma ferida

Veias abertas

Só, soles mães, vítimas

Veias partidas

É a dor da desolação

Do desalento, do sentimento, do ser…

E do pertencer

Eis que o Brasil sangra de norte a sul

A dor e a empatia

Há dor, dores, desalento…

Mas há mais: há amor

Os brasis se unem para estancar sangria

As partes se aguam

Aguam os olhos, o coração, o ser

Aguam as casas, morre gente, morrem bichos

Procura-se no alento

O desalento

Ainda que hajam culpados

Não é hora de mensuração

É hora de elos

De solidariedade, irmandade e força

Pois as feridas sangram

A dor de um é de todos

Portanto, aguem os corações solidários

Amem um povo de qualquer região

Pois todos são filho da mesma Nação

E as feridas, aguam

Mas o amor oxigena os corações

Nilson Ericeira