Uma nação do possível

Ah como eu queria ser de uma nova estação

Queria fazer a minha própria nação

Criar minhas próprias leis e dos meus irmãos

E não permitir que tantos inocentes morram sem razões

Todos temos direitos à vida

À dignidade, à saúde e à educação

Eu queria ser o meu próprio estatuto

Pois estatuiria no seu artigo primeiro ao derradeiro:

Amor, paz e união

Ah eu queria tanto poder abraçar meu irmão

De onde fosse, não importa a origem, a ideologia, a religião

Eu criaria a minha própria bandeira

Que seria totalmente branca sem rastro de ódio e de sangue

E, ainda, indicaria caminhos

E me permitiria sempre amar meu irmão

Eu já disse que criaria minha própria nação

E convocaria todos para uma reunião

Como na revolução dos bichos

E abominaria a escravidão

E cessaria as guerras em todas as nações

Eu queira uma nova estação

Que ninguém precisasse se privar do amor aos irmãos

E que cada vez mais velhos, mais respeitados seríamos

Que nunca ninguém fosse julgado pela aparência,

cor da pele ou quaisquer diferenças

E que no último artigo e no primeiro, o mote seja:

Amor a todas as gerações

Nilson Ericeira