As veias do Mearim sangram
Aportaram em portos nossos
‘Homens bons’
Tão bons quantos suas práticas
Não é miragem!
Tão bons quanto suas sementes
Impiedosos, disfarçados de santos
Mas uns santinhos de ‘pau ôco’
Se no barco seguissem,
mas aportaram aqui com mala e cuia
Com muitos mantimentos
E com alforges cheinhos de ‘boas intenções’
Entre os seus dotes,
os de guardar as datas sagradas
Não o dia do consagrado
O sagrado dia das transferências constitucionais
E assim amam a nossa cidade
Enquanto o barco à deriva segue
Dizem e acreditam,
Que compram a miséria alheia
E correm para a senha
Mas qual é a senha?
Entre os milhões que calharam com a barca
Ah, a senha é de um algarismo só
Em logaritmos e casas decimais
Com a sobra da estopa
Esnoba-se
Ou ameniza-se a sangria da canôa
Nilson Ericeira
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