Alaga-me como chuva de enchente
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Dá-me saudade como sentimento de gente
Faz-me gestar igual semente de cria
Acende-me como labareda ao vento
Esnoba-me feito flor nua
Porém, és tu em mim em tempo crescente
Vive a me irrigar de amor e saudade
A perturbar-me em devaneios e ilações
Mas me põe a sonha para teu o céu que preciso
Ah minha flor tão distante
Quisera ser o vento que te perpassa
Ou teu riso da alegria de mim
Ou mesmo o teu silêncio no jardim da vida
Que sabe te roubaria um riso
Ou muito mais…
Mas sei o que a vida no apronta
Por isso vivo a te irrigar
Nilson Ericeira
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