Quem conta um conto aumenta um ponto – Em ‘A precisão faz o ladrão’

Em ‘A precisão faz o ladrão’

Longe de mim dizer que alguém é ladrão, pois nem sempre os olhos que veem devem ser os mesmos que julgam. Porém a coisas óbvias, tão óbvias e evidentes que não precisa nem olhar, apenas sentir os efeitos do roubo que o ladrão roubou.

E para o acusador cabe o ônus da prova! Não sei me compreendem.

Antes que alguém se apresse, de acordo com tipificação roubo e furto são eventos diferentes, do mesmo modo que diferentes estão na tipificação penal. Nós é que generalizamos, furto é roubo e roubo é roubo, juntando tudo só numa panela popular.

Então, é hora de colocar ingredientes nessa panela. Leia-se: Fundeb, Fundo de Participação Municipal, SUS etc.

Vou usar dos dois argumentos para dizer que nem sempre a precisão faz o ladrão, contrariando sobre maneira, o nosso título inspirador do texto. Pois, como nos referimos a roubo do erário, acaba que não havendo furto, mas roubo e dos grandes. Querem ver, vamos estabelecer o desafio de algum gestor do executivo municipal viver ‘só com as verbas dos seus proventos de salário’ do município! Entendo que não cobriria as contas de um único mês! Então este é o primeiro argumento.

Argumento fraco à percepção de quem come no mesmo prato ou se alimenta ao redor da casa grande!

O outro é que, mesmo estando estampado na nossa cara que os tais gestores roubam, não falta quem os defendam! São os defensores do indefensável, pois sem escrúpulos e igualmente colaboradores do desfalque à coisa pública. Do mesmo modo que são responsáveis diretamente pela miséria social. Mas não se apresse ainda, roubo é roubo e furto é furto. Caberia uma explicação científica bem simples para tal definição, mas não este o nosso objetivo.

Mas não é que alguém, em algum lugar do Planeta Terra, implorava aos seus aliados e aos nem tão aliados assim, que lhe devolvessem o Paço Municipal, pois se caso tivesse oportunidade, faria uma administração totalmente diferente das do passado remoto e tenebroso, porém mero engano. Não estamos dizendo com isso que há furto ou roubo nesta ou naquela administração, mas nem sempre o que os olhos veem é o que as mãos alcançam. Não sei se me entendem.

O pacto então seria usar do Princípio da bagatela, mas neste caso não pega, pois cada vez menos os usuários de cigarro de palha usam tal vocábulo.