A carne é fraca!
Por vezes sangra no peito
Verte água nos olhos
Alaga o seu
Ainda que nos alimentemos de carne
Vivemos no amor e pelo amor
Ainda que façamos concessões
O amor nos alimenta e nos dá vida
E, ainda que, apeguemo-nos à matéria
Prazerosa e pomposa
Reduzimos ao bem-querer
A carne nos inspira
Mas é o espírito que nos enlaça
Portanto, mesmo que em pretenso desejo
A essência e subliminar
O que pensamos, o que sentimos…
Não se deve podar nossas próprias asas
Pois voos são necessários para amenizar saudade
Ainda que o prato seja feito
Degusta-nos no interior do amor que sentimos
Nilson Ericeira
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