Mas
qual será o meu pecado?
Amar
é pecado?
Perdoe-me
Senhor!
Por
ser tão arredio a certas coisas
Por
descrer na própria crença
Por
não ter religião
E
por acreditar na ciência
Por
entender que a educação é efeito e causa dela
Senhor,
não me deixe vagando
Não
sou assim por mal
Pelo
contrario, o teu amor me fascina
Mas
eu não acredito em facínoras
Mesmo
e principalmente quando falam em teu nome
Não
é justo Senhor, te colocarem em prateleiras
Como
se fosses um produto para consumo
Mas
me perdoe por me enojar dessa hipocrisia
Pois
eu sei que a tua cruz esta a cada dia mais pesada
E
cravam nas tuas mãos a maldade do mundo
E
eu imagino o tato que tudo isso te contraria!
Eu
acho certo que tem religião
Quem
reza ou faz orações
Mas,
mais que isto,
É
preciso contrição
E
que não são poucos os que encontraram em ti um meio de vida
De
fazer ‘Politica’
Então
eu tenho pensado que sou um pária
Mas
nunca deixarei de acreditar no teu Amor
Eu
tenho assistido a verdadeiros espetáculos como se fosse por tua ordem
Senhor,
tu não és vingativo
Não
escolhe pessoas ou religiões
Mas
aqui, os ‘representantes’ fazem acepções
Então,
eu te peço que não me esvazie
E
me estenda sempre as tuas mãos
Ericeira
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