Uns verdugos!

Uns
verdugos!

Que
deixam

faltar
hospital

Emergência

Remédios

Assistência

Por
aí, uns verdugos

Na
educação:

o
mês é de expectativa!

Quando
a verba cai

Olha
só, mas eles pregam o ódio como defesa da vida

E
são paradoxalmente persuasivos

Então,
crava o punhal forte no peito do povo pobre

Isto
quando não ‘bravatam’

Oh
Deus do impossível

Literalmente

Disseminam
pestes

Por
aqui, bem perto de nós,

Uns
verdugos de bocarras risonhas!

Mas
que feliz-cidade!

Enquanto
se apoderam de verbas pública,

A
plebe marcha contra si mesmo

E,
ainda, os defendem a ferro e a fogo

Então,
mais ração para os porcos

Pois
uns verdugos tingidos pela dor e sangue humanos

Ainda
há os que esnobam, mesmo sabendo que,

Com
que ganham, nada ou quase nada poderiam

Mas
os verdugos já preparam novas etiquetas:

Cestas
de sexta a segunda

Visitas,
acenos, abraços, reuniões

Um
novo contrato social está sendo editado

Um
novo banquete

O
mesmo filme com novas cenas

Uns
atores não resistiram: jaz!

Na
embalagem, os seus súditos,


até juntam o que restou da ceia de ontem

Mas
tudo é alegria no arraial da fantasia

Eu
penso que não faltarão fascistas!

Ou
melhor, verdugos!

    Nilson Ericeira