Hoje
tem espetáculo
Amanhã,
talvez
Outras
vezes…
Gasto
a minha vida fazendo outros sorrirem
Dentro
de mim,
sorrio
de mim
Só
o rio me leva para o mar…
E
na distância que devo andar
Talvez
me falte ar
Vivo
sendo um ‘palhaço’ fora do circo
O
meu picadeiro é a vida
Ainda
bem que sei fantasiar
E
não perco a esperança de amar
Sou
um ator, poeta, professor, artista
Sou
um malabarista sem graça
Por
vezes disfarço quando alguém acha graça
Mas
sei que o espetáculo ainda não terminou
Mesmo
em silêncio, escuto sons dentro de mim
Enquanto
afino o meu coração
Pinto
meu rosto, enxugo meus olhos
Secam
lágrimas em mim
Em
novas cenas e outras canções
Mas
do que gastei,
sei
que ainda há muito pra consumir
Pois
a vida só termina quando acaba
E
o espetáculo já aponta pro fim…
Senhoras
e senhores,
eu
sou igualzinho o ‘palhaço’ que trago em mim
Nilson
Ericeira
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