Um representante do povo
Criador de estórias
Ator, à toa
Não fala, vomita
Ainda assim aplaudem!
Tem seguidores, teleguiados
Uns dementes que mentem com prazer
E um ator disposto, renovado, rejuvenescido
Novinho em folha
Com estoque de mentiras a dá inveja a
Camões
Mas é preciso renovar o cenário
Pois no riso, uma boca escancarada de
dentes
Rindo da desgraça alheia
Assisto a atores patéticos
Palhaços sem picadeiro
Pobres expectadores
Nilson Ericeira
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