A indiferença mata
Cria e recria monstros
É o pisar da bota do opressor
É a corda que enforca e o silêncio
que mata
A ferida sangrando…
Os homens morrendo em si mesmos
Uns estéreis!
Fracos de sentidos
Avessos à humanidade
A indiferença é mórbida
Traiçoeira, pois um riso sínico, sinistro
A indiferença é a fala muda,
o olhar cego, ouvidos inaudíveis
É o recheio da podridão dos
exploradores
O calar frio da aflição dos sem pão e
teto
Eu detesto!
A indiferença é a ausência de
cidadania
A negação de direitos, o cobertor dos
desvalidos
Dos sem sorte!
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