A negação do eu

A indiferença mata

Cria e recria monstros

É o pisar da bota do opressor

É a corda que enforca e o silêncio
que mata

A ferida sangrando…

Os homens morrendo em si mesmos

Uns estéreis!

Fracos de sentidos

Avessos à humanidade

A indiferença é mórbida

Traiçoeira, pois um riso sínico, sinistro

A indiferença é a fala muda,

o olhar cego, ouvidos inaudíveis

É o recheio da podridão dos
exploradores

O calar frio da aflição dos sem pão e
teto

Eu detesto!

A indiferença é a ausência de
cidadania

A negação de direitos, o cobertor dos
desvalidos

Dos sem sorte!

 Nilson Ericeira