Verme esnobe

Desliza suas curvas

Mostra seu corpo nu
Insinua que é lagarta
Lagarta certamente não é
Indecente e vulgar
Pois vulgares são que aplaudem
Um pouco de mel no fel da prostituição
Mais pra rata que gata borralheira
Joga na areia, nos mares, hotéis, lugares…
Nu vento o álcool etílico consumido
Pudera, de cofres cheios
Onde a bunda abunda
Cifras do laboratório de prostíbulos
Então viva!
Pois víveres da necessidade
Fartos risos de bocarras escancaradas e cheias de dentes da desgraça alheia
Lisa e de cara limpa, escarra
Pois não é ventríloquo
É verme
Nilson Ericeira