Quantos de nós?

 Quantos
de nós?

Quantos
de nós não saímos todos os dias sem expectativas

Quantos
não perdemos pessoas tão importantes para nós

Quantos
de nós não choramos em silêncio uma dor que parece não findar

Quantos
até parecemos desacreditar no verbo amar

É
que nem sempre somos o regente de nossas vidas

Ela
pertence a um ser que é luz…

Que
indica caminhos, abre portas, solta as estrelas no céu…

E
ilumina os nossos dias tornando luz os nossos corações

Translada
e faz a rotação da vida

É
que a nossa vontade só é vontade quando coaduna com os desejos do nosso Pai

Mas
quantos de nós nos lamuriamos com o que temos e não  somos capazes de dobrar o pescoço para olhar
para trás

Para,
assim, enxergar o quanto há pessoas que sofrem

Vítimas
de si mesmas ou vítimas da persuasão ilusória!

E
quantos de nós temos boas visões e não enxergamos quem está bem próximo de nós

Quantos
de nós não valorizamos nossos companheiros e companheiras

Entramos
e saímos sem sequer nos damos contas que somos amados

Quantos
de nós e até quando seremos indiferentes?

 Nilson Ericeira