Por Nilson Ericeira
Os pais responsáveis
doam-se mais e esperam muito mais de seus filhos do que deles mesmos. Pensa-se
que não há exageros, pois a única coisa que os pais almejam é a felicidade
deles.
Se há exceções, é evidente
que não povoam o mundo dos responsáveis.
Desde pequeninos, por meio
do lúdico ou de outras formas de representação, em que há a não menos essencial
importância da escola e de outras instâncias sociais, os filhos se espelham nos
pais, reproduzem até certos hábitos. Quando podem tomar como exemplos, isto
lhes serve para a vida inteira.
E que reflexo bom de nos
permitir refletir por toda a nossa vida!
Por vezes, escuta-se que
os pais sempre veem os filhos como crianças, mas é que o olhar de pai e mãe é temperado
pelo olhar de extremo cuidado e preocupação, portanto, não que sejamos eternas
crianças, mas é que, na essência do sentimento dos pais, há um amor tão
especial e protetor que passa por excessivo.
Neste contexto, entendo
que negar os pais é trair a si mesmo, uma vez que no mundo das relações, buscam-se
sempre os pais como âncora. Pois o orgulho que devemos nutrir pelos nossos pais
não pode ser inverso, ou seja, guardar ressentimentos que nos envenenam.
Em toda família em que há
respeito e obediência, ao mesmo tempo há o ajuste harmonioso do amor e do
bem-querer. É que não se trata de uma relação qualquer, mas de amor que deve
ser recíproco e na mesma medida.
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