Recolho-me ao meu desprestígio
Apenas com abraços que não me
desabraçaram
Com sinais de companheirismo
Mesmo por que aborto aparências
E não vivo de migalhas
Aborto, aborto, aborto…
Os que, para servirem como serviçais
que são,
prejudicam, maltratam, aplicam-lhes
punhaladas por meio de seus risos falsos
E ainda fazem convites para festas
Mas caras, risos falseados, não
enchem barrigas
Como disse antes, recolho-me,
defenestro-me, mutilo-me
Rejeito a ilusão de falso amigo
Prefiro que passe ao largo e veja-me
como um estojo
É, eu me prefiro ser um pária, ante a
essa gente hipócrita
Em sendo um invisível e sem as suas
virtudes, minha consciência não sangra
Mas meu ser não dorme…
Nilsin Ericeira
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