As andorinhas de Arari

Beliscando
a água

Subindo
ao céu

Trazendo
o vento

Iluminado
o tempo

Andorinha
solitária

Que
marisca no chão

Belisca
a água

Que
finge ir e nunca mais voltar

E
escuta a missa em lugar de destaque

Que
faz seu ninho

E
acrobacias

Que
voa e sobrevoa

Que
canta e encanta

Bate
asas…

Que
traz verão

E
esnoba-se de outra vez voltar

Que
faz banzeiro

Que
sobe ao céu

Se
junta ao bando

E
outra vez sumiu

Mas
em aparições

Outra
vez vêm surgindo

Parecem
até que nunca sumiram

Faz
um novo ciclo

No
mesmo ciclo

E
enaltecem a vida

Na
cidade a vigiar

A
matriz guarda seus segredos

Pois
pode confessar

 Nilson
Ericeira