Hoje eu percebi minhas fronteiras
Delimitei meu ser para não amar mais da conta
Não falar mais da conta
Não viver mais da conta
E com isso me delimitei
Sobremaneira me afoguei em mim mesmo
Caminhei sozinho num caminho longo…
Pisei em folhas que pareciam quererem me adubar
Esqueci de um monte de coisas
E lembrei do que parecia não me lembrar mais
Fiz-me uma espécie de autoterapia
Renunciei, caminhei, amei…
Fiquei em solidão e abstinência de amar
Sentir uma saudade retrospectiva
Busquei pessoas e coisas
E novamente meus olhos me denunciaram
Culpei-me por não ter segurado nas mãos
Apenas no coração com asas que me ajudam a voar
E passaram se passaram coisas
O tempo, ah o tempo que não volta
Apenas em resgates meus
Com isso seguir minha viagem
Uma viagem sobre mim mesmo
Meu passado, meu presente, meu futuro
Em todos coloquei em correntes pessoas generosas
Você no meu coração a reger o tom da minha sinfonia
Acordei, subitamente!
Era hora de fazer novos aceiros
Por a bagagem e sai por aí outra vez
Espero logo voltar a uma viagem sobre mim mesmo
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