Texto inédito que Paulo César Ericeira escreveu para José Fernandes, ainda em 2015.

 

Texto inédito que o saudoso poeta e escritor Paulo César Ericeira escreveu
para José Fernandes, ainda em 2015.

Publico aqui sem edição, exatamente para não tirar o sentido que o autor
quisera dar à escrita.

José Fernandes, dos contos, da poesia e do hino…

15 de dezembro de 2015Sem categoria Editar

A alegria de
reconhecer um amigo, um escritor, um intelectual, um professor, um exemplo de
cidadão arariense cuja obra literária retrata a nossa história, nos traz
reminiscências e, ainda, em bom tempo traz à baila, assuntos de interesse
geral. Por isso mesmo desperta interesse na grande mídia de nosso Estado.
Hoje os matutinos da capital ficaram mais robustos, neles continham a foto e a
manchete do nosso maior poeta e escritor arariense, estou falando de José
Fernandes. A emoção ao abrir e folhear os jornais O Estado do Maranhão e
Pequeno. Neles uma ampla reportagem do lançamento do livro “A Maçonaria do
Maranhão”, na Grande Loja Maçônica.
Falar de José Fernandes não é tarefa fácil. O seu conteúdo literário e a sua
formação de homem nos deixa inibidos ao comentar a sua vida e as suas obras.
São tantas, não só as publicadas, como as dos contos do dia-a-dia, em que Zé
Fernandes se multiplica em sentimentos de pessoa simples que ele é. Contexto em
que eu entendo que Zé é um dicionário vivo de amor ao próximo, de uma
inteligência capaz de deixar gagos afoitos em querer fazer gol de falta. Ele é
tão simples que o seu caminhar já diz tudo e a sua força espiritual transporta
em dimensões que vão mais do além. “Zé de Todos Nós” é essa figura folclórica e
lírica que traduziu os campos da Ribeira do Mearim em um hino tocado e
sinfonicamente traduzido em amor à sua Terra Natal.
Caminhar com Zé em terra firma ou pelo Rio Mearim é grandioso! A sua fala em um
rio que morre aos olhos imundos das autoridades faz as poesias e os cordéis
mais inspirados ao passar pela ponte do Nema. É nela que nosso Zé esquece da
poluição que devora o Igarapé de mesmo nome, e volta a infância ao lado dos
seus estimados pais.
Zé não esquece um instante de Nestor José Fernandes e da sua mãe a divina
mestre que acalantava o nosso Zé na hora de dormir.
Saudar José Fernandes com uma poesia é o mesmo que percorrer o universo do
Padre Brandt, é mergulhar no Rio de tantas emoções e recitar no Salão Paroquial
o Poema do Início e no Canto Telúrico; visitar a Gráfica Belarmino de Matos. Aí
você vai encontrar o nosso maior poeta e escritor debruçado nos tipos que
colocava para fazer as letras de imprensa.
Se você olhar bem para Zé Fernandes, logo perceberá que o homem nasceu para ser
feliz, escritor e poeta. Zé existe para produzir literatura, para encantar com
o nosso hino à nossa juventude tão carente de leitura.
Parabéns Zé, o nosso Zé, que os teus poemas e escritos encaixotados em teu
crânio, possam ser eternos e eternamente lembrados e cantados por várias
gerações e, que, se imortalizem junto com uma das inteligências mais
privilegiadas que a nossa Arari já brotou.