Ser
do pecado
Amargo
e inaudível
Enroscado
em si mesmo não vive
É
produto do meio, o fio e o novelo da vida
Ser
acostumado com o nada
Nada
para onde vai se afogar
E
vive enrolado no seu ciclo de vida
Incapaz
de se desenrolar do novelo
E
se esticar todo para rua
E
sair lá na porta e gritar liberdade!
Ser
um anti ser que se contradiz a todo o momento
Diz
que lhes faltam abraços
Mas
incapaz de acolher
E
deixa a dor doer no irmão sem sentir compaixão
Não
tem nenhuma empatia com a dor alheia
Indiferente
segue só pensando em si mesmo
Mas
não passa de um pobre coitado que vive de espera
Do
resto e do resto que alguém possuiu
Ericeira
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