A súplica

Se amei,
amei

Não sei
explicar

Se
deixei, não esqueci

Hoje o
meu coração implora

Descola de
mim

Faz-se
asas…

Voa a e
vai te busca

Mas logo
te devolve a realidade

Solidão

Escuto o
compassos do meu coração

Pois o
que é súplica em mim

É
silêncio em ti

Talvez o
melhor silêncio

O único,
o meu pedido escondido

Nos
escombros de mim

Ou mesmo
na insinuante flor do amor

Que vivo
a contemplar

E que lhe
dou forma e essências

Ainda me
resta ser o produtor

Que em
suplicante desejos te espera

Marca a
hora, cumpre os segundos

Mas o
óbvio é somente o amor que sinto

Antes as
minhas asas não me permitissem voar

Pois não
te alcançaria em todas as coisas

No infinito
do céu

No mais
longo tempo

E no
inquestionável desejo

Mas, então
o que é o amor sem tê-lo

É
súplica!

Então
suplicarei

   Nilson
Ericeira